Câmara agiliza projetos de corte de gastos do governo
USD: R$ -- EUR: R$ -- BTC: R$ -- USD: R$ -- EUR: R$ -- BTC: R$ --

tp+

Câmara Agiliza Projetos de Corte de Gastos em Meio a Impasse sobre Emendas Parlamentares

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (4), a urgência para dois projetos do pacote de corte de gastos do governo.

A medida permite que os textos sejam analisados diretamente no plenário, sem a necessidade de passar pelas comissões temáticas da Casa.

O governo federal busca aprovar as propostas ainda neste ano para equilibrar as contas públicas. Contudo, o processo enfrenta resistência, principalmente devido às novas regras relacionadas às emendas parlamentares, estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Plenário da Câmara (Foto: Agência Câmara)

Votações Apertadas e Insatisfação no Congresso

A aprovação da urgência para o primeiro projeto foi apertada, com 260 votos favoráveis — apenas três a mais que o mínimo necessário. Já o segundo texto, que exigia maioria simples, recebeu 267 votos a favor. Apesar disso, o resultado evidencia que nem toda a base governista está alinhada com o pacote.

A insatisfação dos parlamentares tem como principal causa as novas regras impostas pelo STF para a liberação de emendas parlamentares. Deputados e senadores reclamam que o governo federal, em parceria com o Supremo, estaria limitando a autonomia dos congressistas sobre o uso dessas verbas.

O Que Dizem os Projetos

Postes relacionados:

Os dois textos aprovados com urgência tratam de questões importantes para o ajuste fiscal. Entre os principais pontos, destacam-se:

  • Obrigatoriedade da biometria para concessão e manutenção de benefícios, garantindo maior controle sobre fraudes;
  • Regras para o reajuste do salário mínimo, que deve respeitar o limite de crescimento das despesas públicas;
  • Vedação de novos benefícios tributários em caso de déficit nas contas públicas;
  • Bloqueio de emendas parlamentares em proporção aos cortes realizados em outras despesas.

Essas medidas buscam, segundo o governo, economizar até R$ 375 bilhões até 2030, reduzindo o risco de um descontrole nas finanças públicas.

Impasse sobre as Emendas Parlamentares

O clima no Congresso é de insatisfação. Deputados e senadores não concordam com a decisão do ministro do STF, Flávio Dino, que liberou os pagamentos das emendas, mas exigiu critérios mais rígidos. Entre eles, está a necessidade de identificar o parlamentar responsável pela indicação da verba, além do líder partidário.

  Onde Comprar os Melhores Pods Descartáveis na Internet: 5 Sites Confiáveis

Parlamentares acusam o governo de estar alinhado com o STF nessa questão, o que intensificou o descontentamento. Para amenizar os ânimos, o governo prometeu liberar R$ 7,8 bilhões em emendas parlamentares nos próximos dias. No entanto, há dúvidas se essa ação será suficiente para garantir apoio aos projetos do pacote fiscal.

Reações das Bancadas

A votação revelou divisões entre os partidos da base governista:

  • O PSD, que deveria ser um aliado, teve quase metade de sua bancada votando contra a urgência;
  • O União Brasil também mostrou resistência, com 44 votos contrários ao governo;
  • Já MDB, PP e Republicanos apoiaram as medidas, apesar de registrarem algumas dissidências.

Além disso, partidos como o PSD reclamam que não estão sendo contemplados em cargos estratégicos no governo, o que aumenta a insatisfação e pode atrapalhar a aprovação de futuras propostas.

O Que Está em Jogo

O governo corre contra o tempo. As propostas precisam ser aprovadas antes do recesso legislativo, previsto para começar em 23 de dezembro. Além disso, o Executivo quer finalizar a votação do pacote fiscal antes de discutir a Lei Orçamentária Anual (LOA) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

A agilidade na tramitação dos projetos é fundamental para evitar um desequilíbrio nas contas públicas. No entanto, o sucesso do governo depende de sua capacidade de negociação com o Congresso, especialmente em um momento de forte insatisfação entre os parlamentares.

Mais recentes

Rolar para cima