Dólar dispara e chega a R$ 6,11 após pacote de gastos anunciado
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Dólar dispara e chega a R$ 6,11 após pacote de gastos anunciado por Haddad

O dólar iniciou a sexta-feira (29) em forte alta, atingindo R$ 6,11.

Esse aumento foi impulsionado pela incerteza gerada pelo anúncio do pacote de cortes de gastos públicos feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no dia anterior.

A medida trouxe receios ao mercado financeiro, refletindo um cenário de desconfiança em relação à política fiscal do governo Lula (PT).

O avanço de mais de 2% no câmbio demonstra a fragilidade do cenário econômico nacional diante das recentes decisões governamentais.

Com essa disparada, o dólar acumulou uma valorização significativa de 23,42% ao longo de 2024, reforçando a cautela de investidores com os ativos brasileiros.

Entenda o impacto do pacote de gastos

Na quinta-feira (28), Fernando Haddad apresentou um pacote com previsão de cortes de R$ 70 bilhões para os anos de 2025 e 2026.

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O plano tem como objetivo reduzir gastos públicos em até R$ 327 bilhões até 2030. Entre os principais pontos da proposta estão ajustes no salário-mínimo, programas sociais, aposentadorias militares e emendas parlamentares.

Apesar da promessa de austeridade fiscal, o mercado reagiu negativamente a outros aspectos do pacote.

O anúncio da isenção do imposto de renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil mensais gerou desconforto.

Estima-se que essa medida terá um impacto fiscal de R$ 35 bilhões, o que levantou dúvidas sobre a eficácia geral do plano de cortes.

Para compensar a perda, o governo planeja criar uma alíquota progressiva para os mais ricos, que poderá chegar a 10% para quem tem rendimentos acima de R$ 50 mil mensais.

Ainda assim, as incertezas sobre a capacidade de execução dessas medidas aumentaram as preocupações do mercado.

Por que o dólar está subindo tanto?

A alta do dólar reflete principalmente a falta de confiança do mercado em relação ao equilíbrio fiscal do Brasil.

Os investidores veem as medidas recentes como inconsistentes, o que reforça a percepção de risco em manter recursos no país.

Outro ponto que influenciou o mercado foi a divulgação dos dados de emprego pelo IBGE.

A taxa de desemprego caiu para 6,2%, o menor índice da série histórica da PNAD Contínua.

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Embora o dado seja positivo, o mercado avaliou que ele não é suficiente para compensar os riscos fiscais gerados pelas ações governamentais.

Além disso, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, apresentou queda na manhã desta sexta-feira, reforçando o clima de cautela entre investidores.

Histórico recente do dólar

Na véspera, o dólar já havia fechado em alta de 1,30%, cotado a R$ 5,98, com uma máxima de R$ 6.

O acumulado da semana chega a 3,02%, enquanto o crescimento no mês é de 3,59%. No ano, a valorização já ultrapassa 23%.

Esse cenário impacta diretamente os consumidores brasileiros, que enfrentam custos mais altos em produtos importados, viagens internacionais e até mesmo em itens essenciais como combustíveis, que têm parte de seus preços atrelados ao dólar.

O que esperar daqui para frente?

Os próximos passos do governo Lula serão cruciais para retomar a confiança do mercado.

Especialistas acreditam que medidas mais concretas e transparentes podem ajudar a amenizar os impactos no câmbio e na economia como um todo.

Enquanto isso, o dólar deve continuar oscilando em patamares elevados, especialmente se as incertezas fiscais permanecerem.

A combinação de um cenário externo desafiador, com juros altos nos Estados Unidos, e um ambiente interno marcado por instabilidade política e econômica pressiona ainda mais a moeda brasileira.

Conclusão

O impacto do pacote de cortes de gastos anunciado por Haddad vai além das promessas de economia fiscal.

Ele revelou a complexidade e as dificuldades em implementar políticas públicas que equilibrem as contas do governo sem gerar desconfiança no mercado.

Com o dólar acima de R$ 6,11, o Brasil entra em um momento crítico, onde decisões estratégicas e bem planejadas serão essenciais para evitar danos mais profundos à economia.

A atenção do mercado agora está voltada para os próximos passos do governo e como ele lidará com o desafio de estabilizar a situação fiscal e econômica do país.

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