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Musk que se cuide? Governo Lula apoia entrada de rival chinesa SpaceSail

O mercado de internet via satélite no Brasil está prestes a se tornar mais competitivo.

A SpaceSail, uma emergente empresa chinesa, anunciou planos para iniciar operações no país em 2026, desafiando a liderança da Starlink, de Elon Musk.

Ambas possuem estratégias distintas e estão em momentos diferentes de desenvolvimento, mas compartilham o mesmo objetivo: levar conectividade para áreas remotas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da China, Xi Jinping, apertam as mãos ao assinarem acordos bilaterais, em Brasília, Brasil 20/11/2024 REUTERS/Adriano Machado

Satélites em órbita: números que contam a história

A Starlink lidera com folga em números. Desde sua fundação, já lançou mais de 5.000 satélites em órbita baixa (LEO), uma constelação que continua em expansão.

Esses satélites permitem à empresa oferecer internet de alta velocidade e baixa latência em praticamente qualquer lugar do mundo, com foco em regiões onde a infraestrutura terrestre é limitada.

Por outro lado, a SpaceSail ainda está dando os primeiros passos no setor.

A companhia lançou 36 satélites até o momento e projeta chegar a 600 unidades até 2025.

Embora o número ainda esteja longe do alcance da Starlink, a SpaceSail tem planos ambiciosos de competir diretamente com a empresa de Musk até 2030, especialmente em mercados em desenvolvimento, como o Brasil.

Diferenciais da Starlink

Como pioneira no setor, a Starlink já estabeleceu uma base sólida. Seu maior trunfo é a cobertura robusta, garantida pelo grande volume de satélites em órbita, o que permite atender a mais usuários simultaneamente e reduzir interrupções.

Além disso, a empresa oferece velocidades que competem com muitas conexões de fibra óptica, uma característica essencial para atrair clientes em áreas rurais e urbanas.

Esse avanço tecnológico permitiu que a Starlink se tornasse líder global no segmento, com presença consolidada em mercados desenvolvidos e emergentes.

Planos da SpaceSail e sua entrada no Brasil

Apesar de estar em fase inicial, a SpaceSail busca se diferenciar por meio de parcerias estratégicas e tecnologia moderna.

Um exemplo disso é o acesso ao Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, uma base que permite lançamentos a custos reduzidos graças à sua localização privilegiada próxima à linha do Equador.

Além disso, a SpaceSail assinou um memorando de entendimento (MOU) com o Ministério das Comunicações do Brasil para atender regiões onde a fibra óptica não chega.

A empresa planeja oferecer internet confiável e de alta velocidade, beneficiando escolas, hospitais e serviços governamentais em áreas carentes.

Segundo Jason Jie Zheng, presidente da SpaceSail, a parceria com a Telebras será um diferencial importante para consolidar sua presença no mercado brasileiro.

“Nosso compromisso é apoiar a iniciativa nacional do Brasil com soluções digitais inovadoras e acessíveis”, afirmou Zheng.

Concorrência saudável e benefícios ao consumidor

A chegada da SpaceSail ao Brasil representa um passo importante na democratização da internet.

Enquanto a Starlink já atende cerca de 265 mil usuários no país, a SpaceSail entra com a promessa de aumentar a oferta de serviços, o que pode beneficiar os consumidores com preços mais competitivos e melhor qualidade.

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, destacou a importância de ter múltiplos fornecedores no mercado.

“Nada em qualquer setor é bom quando você tem apenas um fornecedor. Estamos abertos a todas as empresas que possam oferecer serviços de qualidade e segurança ao povo brasileiro”, afirmou.

O que esperar do futuro?

Embora a Starlink tenha uma vantagem significativa em termos de tecnologia e alcance, a SpaceSail demonstra um grande potencial, especialmente em mercados emergentes.

Com investimentos estratégicos e parcerias locais, a empresa chinesa tem a oportunidade de se tornar uma concorrente à altura.

A rivalidade promete beneficiar milhões de brasileiros que ainda vivem sem acesso à internet de qualidade.

Resta saber como as duas gigantes irão se posicionar nos próximos anos em um dos mercados mais promissores para a internet via satélite.

O futuro da conectividade no Brasil está em jogo – e os consumidores serão os grandes vencedores dessa disputa.

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