Aos 31 anos, Anitta, uma das maiores artistas brasileiras, abriu o coração sobre um tema delicado: a maternidade.
Em uma entrevista recente, a cantora revelou que ainda não tem certeza se deseja ter filhos e explicou por que optou por não congelar seus óvulos.
A declaração chamou atenção de fãs e especialistas, pois aborda questões importantes sobre os papéis sociais da mulher.
“Vivo mudando de opinião sobre essa questão da maternidade. Não tenho certeza se quero ou não ter filhos.
Às vezes penso que quero, às vezes falo ‘poxa vida, tem que abrir mão de muita coisa’”, compartilhou a artista.
Essa dúvida reflete um dilema comum entre muitas mulheres na sociedade atual.
A cantora enfatizou que o desafio de equilibrar carreira, vida pessoal e as expectativas sociais é algo que pesa em sua decisão.
Para Anitta, o conceito de maternidade vai além do simples desejo de ter um filho.
Ela acredita que só seria possível embarcar nessa jornada se houvesse uma divisão justa de responsabilidades entre os pais.
“A sociedade ainda está muito atrás nessa questão de ter filhos. Acaba gerando uma situação muito injusta com a mãe, que tem muitas responsabilidades, e o pai quase que nenhuma”, destacou.
Essa visão reflete o debate contemporâneo sobre igualdade de gênero e o papel da mulher na criação dos filhos.
Anitta também mencionou que a sociedade ainda julga severamente as mães que escolhem seguir carreiras ou manter comportamentos que seriam considerados normais para os pais.
“Se a mãe tem os comportamentos que o pai tem, ela é julgada.
A mulher foi criada para sentir culpa caso ela venha a ter qualquer um dos comportamentos que um homem tem na paternidade”, completou a cantora.
Atualmente, Anitta está em um relacionamento com o jogador de futebol Vinicius Souza.
No entanto, ela ressalta que, para ela, a decisão de ser mãe está diretamente ligada ao tipo de parceria que teria na criação de um filho.
“Depende muito de quem seria o pai. Acho que é uma coisa que, se tiver que acontecer, vai acontecer”, afirmou.
Essa declaração reforça a ideia de que, para ela, a maternidade só seria viável em um contexto onde as responsabilidades fossem realmente compartilhadas.
Isso demonstra uma postura consciente e madura sobre o tema, que muitas mulheres também compartilham.
Com o avanço da medicina, o congelamento de óvulos tornou-se uma alternativa para mulheres que desejam postergar a maternidade.
Contudo, Anitta revelou que não tomou essa decisão. “Estou com 31 anos, não congelei óvulo e vou deixando a vida me levar, como tudo na minha vida”, contou.
Ela explicou que, no momento, não sente a necessidade de planejar a maternidade de forma tão rigorosa.
A cantora disse que não se sente pressionada a seguir os padrões impostos pela sociedade e prefere deixar que as coisas aconteçam naturalmente.
A fala de Anitta é um convite à reflexão para mulheres de diferentes idades e contextos.
A cantora aborda questões que muitas enfrentam, como o impacto da maternidade na vida profissional e pessoal, as desigualdades de gênero no cuidado dos filhos e a liberdade de escolher um caminho que respeite seus desejos e prioridades.
Além disso, ela levanta um debate importante sobre como a sociedade ainda coloca o peso da responsabilidade parental principalmente sobre as mulheres.
Esse tema, cada vez mais discutido, ajuda a abrir espaço para mudanças no entendimento da maternidade e da paternidade no Brasil.
Com sua postura autêntica e transparente, Anitta demonstra que, assim como muitas mulheres, está disposta a questionar padrões e buscar um equilíbrio entre seus sonhos e a realidade.
Sua história inspira um diálogo necessário sobre escolhas e igualdade. Afinal, cada mulher tem o direito de decidir o que é melhor para sua vida.
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