Os Correios, uma das principais instituições de logística e comunicação do Brasil, anunciaram o fechamento de 38 unidades das chamadas agências CEM (Correios Empresa), destinadas ao atendimento de empresas com serviços personalizados.
A medida, programada para entrar em vigor no dia 1º de fevereiro, também inclui a redução de tamanho em 19 das 49 agências que permanecerão ativas.
O comunicado foi emitido internamente em 27 de dezembro do ano passado e gerou polêmica entre trabalhadores, sindicatos e clientes empresariais. A decisão teria como base um estudo interno, que revelou baixa viabilidade econômica dessas unidades.
A seguir, entenda os detalhes dessa mudança, seus impactos e os argumentos apresentados.
De acordo com os Correios, a decisão foi resultado de um estudo interno realizado em outubro de 2024. O levantamento apontou que as agências CEM apresentavam baixa rentabilidade e, portanto, representavam um ônus financeiro à estatal.
Entre os objetivos principais do fechamento das unidades estão:
As agências CEM (Correios Empresa) foram criadas com o objetivo de oferecer um atendimento personalizado e exclusivo para empresas. Esses pontos ofereciam serviços diferenciados, como soluções logísticas adaptadas às demandas corporativas, envios em maior volume e consultoria específica para contratos empresariais.
No entanto, segundo a atual administração dos Correios, essas unidades não cumpriram a expectativa de retorno financeiro e eficiência.
O anúncio não passou despercebido e gerou reações negativas, principalmente por parte do sindicato da categoria. Em publicação no jornal interno da entidade, questionaram a coerência da decisão, destacando a contradição entre o fechamento das agências e a suposta política de “centralidade no cliente” defendida pela estatal.
No comunicado, o sindicato declarou:"Não é contrassenso da Presidência dos Correios fechar as 38 unidades CEM? E a política dos Correios pela centralidade do cliente, como ficarão os clientes atendidos? Quem são os verdadeiros interessados pelo fechamento dessas unidades?”
Em nota enviada ao site Poder360, os Correios justificaram o fechamento com base em uma avaliação técnica das áreas responsáveis. Segundo a estatal:
Apesar do encerramento de 38 agências e da redução em outras 19, os Correios afirmam que o atendimento às empresas continuará sendo realizado de forma eficaz. Algumas das estratégias previstas incluem:
Para entender melhor o impacto financeiro da decisão, veja abaixo uma tabela com as estimativas divulgadas:
Aspecto | Antes (49 Agências Ativas) | Após o Fechamento (11 Ativas) |
---|---|---|
Custo operacional (R$) | 10 milhões anuais | 2 milhões anuais |
Economia prevista (R$) | - | 8 milhões anuais |
Número de unidades | 49 | 11 |
A tabela acima ilustra como a otimização pode reduzir drasticamente os custos sem, necessariamente, comprometer a qualidade dos serviços prestados.
O fechamento das agências CEM reflete os desafios enfrentados pelos Correios em se adaptar a um mercado cada vez mais competitivo e digital. Empresas privadas, como transportadoras e marketplaces, têm elevado a exigência por serviços mais ágeis e flexíveis.
Diante disso, os Correios precisam equilibrar suas finanças, mantendo a relevância no setor. Algumas tendências que podem moldar o futuro da estatal incluem:
O fechamento das agências CEM representa uma estratégia para melhorar a eficiência financeira dos Correios, mas também levanta questionamentos sobre o impacto no atendimento às empresas. Enquanto a estatal busca se reestruturar, é fundamental que mantenha o foco em oferecer serviços de qualidade e atender às demandas do mercado corporativo.
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